Bom Vs Mau

Costuma-se dizer que o Ser Humano nunca está satisfeito. É um facto. Nunca estamos.

Cada um vive a vida da maneira como acha que deve viver procurando fazendo dela o que sempre sonhou seja a que nível for. Procuramos e temos a certeza daquilo que queremos até a termos, e aí, concluímos que não nos satisfaz plenamente.

Porquê as coisas que nos fazem mal e que nos arrependemos sabem tão bem e aquilo que sempre defendemos como algo bom não nos satisfaz?

Queremos sempre algo que nos complete, que nos respeite, que nos oiça, que nos faça sentir bem. Algo ou alguém que nos faça feliz e que nos permita criar uma relação de confiança mas acabamos sempre por seguir o caminho mais fácil, e escolhemos (mesmo que seja apenas por uns breves momentos) tudo aquilo que defendemos como mau e que nos faz mal.

E acabamos sempre por nos arrepender. Mais cedo ou mais tarde.

Profissionalismo

Recentemente mudei de emprego.
Tem-me sido um pouco difícil ambientar-me às regras e ao funcionamento deste novo desafio. Pergunto-me todos os dias se de facto vale a pena. Será que vale a pena chegar a casa todos os dias cansado e completamente de rastos? Será que vale a pena trabalhar numa equipa que de pouco faz para me ajudar na integração? Será que vale a pena trabalhar num ambiente negativo que nos puxa para baixo sempre que pode? Será que vale a pena ser, ou tentar ser, um bom profissional?
Recuso-me todos os dias tornar-me em apenas mais um, um membro desta "trupe", deste grupo elitista que só pretende o seu vencimento ao fim do mês sem ter grandes chatices... Mas o que me custa realmente é a falta de entreajuda, cooperação e a mal discência entre colegas... O mundo está cada vez a tornar-se cada vez mais mesquinho, sombrio e mau.

"Wake-up" call para a realidade. Uma realidade que não quero fazer parte. E não fazer parte significa desistir. Como já disse uma vez: sozinho não posso mudar o mundo mas posso procurar um mundo melhor. Mereço e quero.

Profissionalismo Vs Indiferença

Hoje é um daqueles dias que irei recordar com uma enorme satisfação.
Aconteceu aquilo que pensava que já estaria em extinção, pelo menos cá no nosso rectângulo à beira mar plantado.
Uma lição de profissionalismo que já não estava habituado. Infelizmente. Poder ter uma conversa franca e um debate construtivo era algo que não estava habituado. Nas circunstancias que aconteceram faz com que me motive mais a acreditar que de facto ainda existem pessoas com um alto teor de profissionalismo, amor e dedicação ao seu trabalho, à sua vida e à dos outros.
Que vontade tenho de gritar. De satisfação.

Hoje foi sem dúvida um dia bastante positivo. A forma construtiva e lúcida de quem vê um colega partir rumo a outro desafio profissional e mesmo assim querer aprender e perceber o porquê.
E um bónus: num contexto semelhante outro colega que apesar de não o ser propriamente entende o porquê de não aceitar a sua proposta.

Justiça Vs Realidade

Sinto-me um pouco cansado, um pouco deprimido.

A razão? Simples: por mais que me esforce sinto que esse esforço e dedicação cai sempre por terra.
Sou daquelas pessoas que não considera ter aquela "estrelinha da sorte" e tudo (ou pouco) que tem é fruto do seu trabalho e empenho.

A realidade é de facto outra. Existem poucas pessoas que ganham notoriedade com um trabalho rico em qualidade, empenho e dedicação. Parece-me a mim que a maioria se rege com outro tipo de característica - a sorte. A sorte, que nada mais nada menos, parece ser algo aleatório e que muitas vezes parece insistir em cair em cima da cabeça das mesmas pessoas, dos outros.
Torna-se complicado quando se quer apostar em algo e a sociedade (em geral) ultrapassa-nos, assimilando como se fosse sua, a nossa vida e as nossas ideias. É injusto mas é a realidade. A vida começa a ser feita de oportunidades e essas oportunidades surgem com um pouco de sorte.

Eu não gosto de ter sorte, gosto de sentir que trabalhei e mereço aquilo que tenho. E evito olhar para o lado, porque para o lado vejo quem gosta de ter sorte e de não sentir que trabalhou e mereceu aquilo que tem.